Como ter uma gravidez saudável.
A gravidez é um momento muito sério de se cuidar, tanto emocionalmente como fisicamente, portanto aqui algumas dicas para você ficar atenta com as melhores informações.
Um bom pré-natal é essencial para a saúde do bebê, e escolher o obstetra ou ginecologista o quanto antes ajuda a construir um bom relacionamento até a hora do parto. Peça recomendações às suas amigas.
Você não precisa comer mais porque está grávida, mas é importante ter uma alimentação equilibrada e saudável. Muitas mulheres param de comer certo tipo de alimento, mas é sempre possível arranjar um substituto que tenha valor nutricional parecido. O ideal é ter uma dietaa que inclua verduras, legumes e frutas, carboidratos (de preferência integrais), proteína -- que pode vir do peixe, da carne, do frango, dos ovos, de castanhas ou sementes -- e também leite e laticínios em geral.
É melhor evitar certos alimentos na gravidez, porque eles podem representar risco para o bebê se estiverem contaminados. A listeriose, doença que provoca aborto espontâneo ou problemas graves no recém-nascido, pode ser transmitida por queijos como o brie, camembert, roquefort, gorgonzola e os queijos brancos tipo frescal ou "de Minas", estes últimos às vezes feitos com leite não pasteurizado.
Devido ao risco de toxoplasmose, que embora seja pequeno existe, evite comer carne crua ou malpassada. Lave bem verduras, legumes e frutas para tirar todo resquício de terra ou sujeira.
Infecções alimentares por salmonela (salmonelose) são transmitidas por alimentos de origem animal, como carnes, peixes, ovos e leite, portanto segure a vontade de lamber a colher de massa de bolo crua.
O único suplemento que é considerado vital na gravidez é o ácido fólico, que ajuda a prevenir problemas congênitos no bebê ligados ao fechamento do tubo neural, como a espinha bífida, ou mielomeningocele. Trata-se de uma condição grave que acontece quando o tubo que abriga o sistema nervoso central, na coluna, não se fecha totalmente, o que pode causar deficiências. Todas as mulheres que estejam pensando em engravidar devem tomar um suplemento diário de 400 mcg de ácido fólico, desde antes da concepção até o fim do primeiro trimestre da gravidez. No Brasil, as farinhas de trigo já são fortificadas com ácido fólico para atingir toda a população, mas isso não elimina a necessidade do suplemento. O folato também está naturalmente presente em alimentos como as verduras (espinafre, brócolis e repolho, por exemplo), o suco de laranja, a beterraba e o feijão.
Outros nutrientes importantes para sua saúde e para a do bebê são o ferro e o cálcio, que podem ser supridos normalmente pela alimentação. No entanto, muitos médicos receitam suplementos vitamínicos especiais para grávidas, que contêm reforços desses nutrientes.
A gordura natural dos peixes, como o ômega três, também tem um efeito benéfico no peso do bebê e no desenvolvimento do cérebro e dos nervos no final da gravidez. Os peixes que mais contêm esse tipo de ácido graxo são o salmão, a sardinha, a truta, a cavalinha e o arenque.
Não tome nenhum tipo de remédio sem antes perguntar para o médico se pode. Se você costuma usar algum medicamento, pergunte na primeira consulta do pré-natal se vai poder continuar tomando. Antes da consulta, tente lembrar os problemas que você costuma ter com frequência e os remédios que toma (como para alergia, cólicas, dor de cabeça, problemas de pelee etc.). Faça uma lista e verifique com o médico o que vai poder tomar se precisar. Mas o ideal mesmo é evitar ao máximo tomar remédios.
O café, o chá e os refrigerantes à base de cola e guaraná são estimulantes. Algumas pesquisas indicam que o excesso de cafeína pode contribuir para o risco de o bebê nascer abaixo do peso. A quantidade máxima aceitável é de quatro cafezinhos por dia (ou seis xícaras de chá), mas o melhor mesmo é reduzir o consumo.
Mulheres que fumam têm risco maior de aborto espontâneo, de parto prematuro e de ter um natimorto. Estudos mostram que grávidas que fumam um maço ou mais por dia têm mais probabilidade de ter um bebê com lábio leporino ou fenda palatina. O ideal é parar de fumar antes mesmo de engravidar, mas qualquer redução no número de cigarros que você fuma por dia já facilita um pouco a vida do seu bebê.
Não consuma bebidas alcoólicas regularmente. O álcool chega rapidamente ao bebê pela placenta, e a grande ingestão de álcool durante a gravidez está ligada a doenças da síndrome alcoólica fetal, que inclui desde dificuldades de aprendizagem até problemas congênitos graves. Beber muito, mas de uma vez só, numa saída à noite, por exemplo, também é prejudicial. O mais garantido é seguir a orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde e não beber durante a gravidez. Alguns médicos brasileiros, no entanto, adotam uma postura mais flexível, permitindo que suas pacientes tomem, em ocasiões especiais, uma taça de vinho ou um copo de cerveja.
O cansaço e o sono que você sente no primeiro e no terceiro trimestre da gravidez não são nada mais que seu corpo pedindo para você ir com calma. No melhor dos mundos, uma soneca todo dia depois do almoço seria perfeita. Se não dá, tente dar uma relaxadinha de meia hora, pôr os pés para cima, do jeito que conseguir. Técnicas de relaxamento como ioga, alongamentos e massagem ajudam a reduzir o estresse e colaboram para você dormir bem com o seu bebÊ na barriga.